ESSA FRUTA ESTÁ SENDO CADA VEZ MAIS ATACADA PELA INDÚSTRIA
FARMACÊUTICA PARA QUE NÃO AJA COMERCIALIZAÇÃO, PARA QUE VOCÊ, NÃO CONSUMA. A
MANIPULAÇÃO DOS REMÉDIOS CORROMPEM PRODUTORES PARA QUE NÃO COMERCIALIZEM, PAGAM
A MÍDIA PARA NÃO FALAR NELA PARA AS PESSOAS NÃO CONSUMIREM, PAGAM A CIENTISTAS
CORRUPTOS PARA PUBLICAR ARTIGOS CONTRA A FRUTA, PAGAM E CORROMPEM ÓRGÃOS DOS
GOVERNOS PARA PROIBIREM A FRUTA, ETC...
• A presença de ômega 6 e óxido nítrico dilataria os vasos,
melhorando a oxigenação e, consequentemente, a memória
• Especialistas dizem que a fruta contém betacaroteno,
precursor da vitamina A, e acubina, que agrega propriedades antibióticas.
• Possui escopoletina, substância antibacteriana,
antifúngica e anti-inflamatória, que também ajuda a dilatar os vasos sangüíneos
— o que faria baixar a pressão arterial
• A fruta é rica em vitamina C
É só uma questão de tempo para as pessoas começarem a ouvir
falar desse tal de noni e descobrir que não se trata de um ser de outro
planeta. Com o nome científico de Morinda Citrifolia e originário dos mares do
Sul, esse alimento que tem gerado certa curiosidade é, na verdade, uma fruta
verdinha, com a aparência de fruta do conde, e que — acredite — não pode ser
encontrada em feiras nem supermercados. Isso mesmo: o noni está prestes a fazer
parte do grupo de coisas sobre as quais todo mundo fala, mas que ninguém vê por
aí — algo como um chester vive, ciscando no terreiro.
A fruta só existe por aqui em forma de suco engarrafado ou
chá (embora atualmente esteja sendo cultivada na Amazônia peruana e, talvez,
possa ser encontrada à venda em breve no Brasil). Mesmo nos Estados Unidos, o
noni é vendido apenas sob forma de cápsulas, chás (feitos das folhas) ou sucos
industrializados, para dezenas de milhões de consumidores.
Ao contrário de todas as frutas que são melhores quando
consumidas frescas e com casca, essa não é muito palatável ao natural. “Parece
fruta do conde, mas não tem nada de doce. O gosto é muito ruim e o cheiro não é
dos mais convidativos”, garante o nutricionista vegetariano George Guimarães,
de São Paulo, que teve oportunidade de prová-la. Quanto ao suco, este vem
misturado com sucos de cranberry (ou de blueberry) e de uva, e, segundo o
especialista, tem um sabor curioso.
Febre de consumo
Apesar da dificuldade de encontrá- lo in natura, o maior
mistério em relação ao noni — e que também reforça sua popularidade — tem a ver
muito mais com as suas supostas propriedades terapêuticas. Seu consumo no
Brasil é recente, sendo mais popular nos Estados Unidos e em alguns países da
Europa. De acordo com estatísticas de 2003, uma garrafa do suco era vendida a
cada dois segundos (ou menos) pelo mundo afora — sem falar das cápsulas e dos
chás. “O sucesso está diretamente ligado ao fascínio que o homem sente por tudo
que pareça mágico, milagroso e, sem muitas explicações precisas ou de forma
vaga, anuncie-se capaz de curar várias doenças”, acredita o médico Leandro
Pomini, de São Paulo.
Isso não quer dizer que o noni não tenha propriedades
benéficas. Significa apenas que ainda não existem provas consistentes do ponto
de vista científico de que realmente cure ou previna males. Há poucos estudos
isentos a respeito — e nenhum com seres humanos, apenas ratos. “Essa fruta pode
até vir a ser algo maravilhoso em termos de cura, mas ainda não existem provas
conclusivas, nem estudos populacionais que sirvam de base para afirmar isso
hoje”, diz a nutricionista Denise Schirch, de São Paulo.
Mesmo com a falta de informações precisas — o maior
fabricante do suco no Brasil não quis dar informações nutricionais sobre o
produto —, não se pode condenar a fruta. “Não faz mau algum consumir o noni”,
garante George Guimarães. “Só pode haver algum risco se a pessoa deixar de
seguir seu tratamento por causa disso”, acrescenta. É que os derivados do noni
não são remédios, mas complementos alimentares. E o FDA e a Comissão Européia,
organismos que funcionam como agências reguladoras de saúde nos Estados Unidos
e na Europa, concluíram que não há evidências dos benefícios desse alimento
para a saúde humana.
Motivo da controvérsia O noni e seus subprodutos geram
polêmica porque anuncia ter uma substância chamada proxeronina, um precursor de
um aminoácido denominado xeronina — que só um pesquisador descobriu até hoje. A
xeronina foi encontrada e batizada pelo médico Ralph Heinicke, nos anos 50,
quando ele fazia estudos com o abacaxi. Na ocasião o cientista ficou tão
convencido dos poderes curativos de sua descoberta que passou anos estudando
suas propriedades.
Quase não há menções a essa substância fora dos trabalhos de
Heinicke e dos produtores de suco e de cápsulas obtidos a partir do noni. Quem
fizer buscas em vários bancos de dados de pesquisa dificilmente encontrará algo
sobre a xeronina ou sua precursora. O professor Richard Mithen, chefe da equipe
de pesquisa do Centro John Innes e do Institute of Food Research, na
Grã-Bretanha, afirma que nunca ouviu nada a respeito da xeronina e também não
encontrou documentos científicos descrevendoa. Mesmo assim, Mithen, que
recentemente produziu com sua equipe um superbrócolis que pode ajudar a
prevenir câncer, acredita que o suco de noni é boa fonte de antioxidantes.
Estas substâncias são conhecidas por suas propriedades
anti-radicais li vres, capazes de auxiliar na prevenção de tumores malignos —
algo que, segundo o professor, o suco de laranja também pode fazer. “Todas as
frutas contêm antioxidantes”, completa o nutricionista George Guimarães.
Em sucos industrializados com o noni, pode-se encontrar
ainda a mistura com sucos de cranberry e uva, estes sim com propriedades
reconhecidas cientificamente — podem ajudar a abaixar o nível de colesterol no
sangue, por exemplo. Em tempo: o cranberry, uma frutinha vermelha do Hemisfério
Norte, é parente da groselha e, acredita-se, do nosso cupuaçu. Tem qualidades
comprovadas no tratamento de cistite (infecção urinária).
http://revistavivasaude.uol.com.br/guia/conheca-a-fruta-noni/407/